sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Afiando o Machado...

Artigo escrito em Setembro de 2005, publicado na revista LaborNews especializada no mercado de análises clínicas..
“Se você quer cortar a árvore mais rápido,
demore o dobro do tempo afiando o machado.
Não fique perdendo o tempo dando machadadas”


Centros formadores de profissionais de Análises Clínicas em parceria com empresa de consultoria de gestão empresarial, atentos às mudanças inexoráveis deste mercado, promovem cursos de gestão empresarial para que seus alunos estejam melhores preparados para entrada no mercado de trabalho.

Um novo tempo já é realidade no cenário mercadológico de Análises Clínicas nacional aonde a chegada de grupos mundiais, inovações tecnológicas constantes, desafios financeiros e armadilhas empresariais indicam que a presença de diferencias de qualidade e preparo tanto nas empresas como nas pessoas já são quesitos essenciais e fundamentais. Em função de tais mudanças e tendências no mercado de Análises Clínicas, preocupados com as adversidades e ameaças atuais deste segmento e principalmente de olho nas oportunidades que se criam em todo momento de crise, através de uma parceria empresa-escola, a Porto & Associados Consultoria de Gestão Empresarial, com atuação voltada ao mercado de Saúde focada especificamente no segmento de Análises Clínicas em parceria com o Centro Acadêmico de uma Faculdade de Biomedicina na cidade de Ribeirão Preto colocam em prática um projeto de curso de gestão empresarial direcionado ao mercado de Análises Clínicas, visando garantir aos futuros profissionais deste segmento ferramentas que lhe possam diferenciar tanto para disputa de vagas em empresas de sucesso como no planejamento de seus próprios Laboratórios Clínicos.

O curso, um projeto pioneiro e presencial, que está sendo realizado na sede da Faculdade de Biomedicina tem conteúdo programático composto por aulas de 01 - Noções de Gestão Empresarial; 02 - Marketing Laboratorial; 03 - Finanças e Controladoria; 04 - Representatividade Política e Mercadológica; 05 - Tecnologia Laboratorial; 06 - Certificações e Acreditações; 07 - Novas Oportunidades no Mercado e 08 - Planejamento Estratégico, é uma iniciativa idealizada como ação preventiva e possível solução frente à carência de conceitos e ferramentas empresariais presente em boa parte dos gestores no atual mercado de Análises Clínicas e visa disponibilizar o primeiro contato dos futuros Biomédicos com tais conceitos básicos e primordiais para garantia de perenidade e sucesso da nova safra de profissionais que entram neste cenário.

Para a estudante de biomedicina do 4º Ano, Adriana Minatel, a importância desta iniciativa fica evidenciada através de seu depoimento, - “Recentemente, com o curso de Gestão Empresarial, foi possível visualizar novas oportunidades no mercado em que o Biomédico poderá atuar como, por exemplo, na área de Diagnóstico Consultivo para poder diagnosticar situações na rotina dos laboratórios e assim planejar, projetar, construir e implantar soluções de sistemas de gestão empresarial. A universidade foi importante para adquirir um conhecimento científico e técnico, contudo, conhecimentos de Gestão Empresarial serão de grande importância para minha entrada no mercado de trabalho”.

Já para um dos coordenadores do curso de Biomedicina e fomentador ativo do projeto de parceria empresa-escola Professor Ms. Jorge Luiz Naliatti Nunes – CRBM1-0020, o curso de graduação em análises clínicas, prepara bem o aluno para a execução dos exames laboratoriais, porém não fornece ao aluno graduando um perfil do mercado de análises clínicas, administração e marketing laboratorial. “Neste sentido, acho fundamental este curso ministrado pela Porto & Associados que contempla os aspectos de mercado e desta forma auxilia o futuro profissional a montar e administrar com competência o seu laboratório, vivenciando este como uma empresa que irá competir com as demais em um mercado cada vez mais seletivo. Além disto, o curso mostra uma nova área de atuação para este profissional tão centrado nas análises clínicas”.

O principal fato percebido é que a mesma globalização, competitividade e turbulência de outros mercados agora é também uma realidade no cotidiano dos Laboratórios Clínicos atuais, sejam estes pequenos, médios ou grandes estruturas. No mercado atual não basta ser um Biomédico, Farmacêutico ou Patologista de alta qualidade, para que o laboratório tenha viabilidade e perenidade empresarial. É mais do que sabido que o mercado atual não tem a mesma realidade de tempos idos e deste modo o incentivo a projetos semelhantes ao adotado em Ribeirão Preto pode ser mais um caminho rumo a estabilidade e evolução de empresas de Análises Clínicas e Medicina Diagnóstica.

Logo, percebe-se que aquelas mudanças anunciadas anteriormente já fazem parte da nova realidade deste mercado que ainda tem muito espaço e necessidade para mais evolução e preparo técnico empresarial de seus gestores. A iniciativa da parceria empresa-escola é um bom exemplo de como se pode afiar o machado e deste modo gastar menos força e tempo dando machadas numa árvore tão dura e espessa quanto à árvore do atual mercado de Análises Clínicas. Baseado nesta metáfora acredita-se que investindo na formação dos alunos de agora em relação a ferramentas de gestão empresarial, num futuro bem próximo, os atores desse mercado poderão criar um panorama mercadológico bem mais positivo e animador.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

As mudanças anunciadas já são realidade e uma onda de Fusões, Aquisições e Parcerias se mostra eminente no mercado nacional de Análises Clínicas.

Artigo escrito em Abril de 2005, publicado na revista LaborNews especializada no mercado de análises clínicas.

“Diferentes adversidades tais como política econômica, monopólio dos planos de saúde nas condições de negociação e chegada de empresas altamente profissionais e qualificadas neste mercado podem anunciar que a união de forças ou até a negociação de suas empresas podem ser as melhores soluções para médios e grandes laboratórios”.

Algum tempo atrás se falava das mudanças que estariam ocorrendo no mercado da saúde e em especial no segmento de análises clínicas. Devido a fatores tais como a saturação deste mercado, o aumento da concorrência, a diminuição do poder de negociação com grandes estruturas fornecedoras de produtos ou compradoras de serviços, situações econômicas inerentes ao cenário nacional e ao advento de novas necessidades e especialidades na gestão das empresas atuantes neste contexto empresarial, um ciclo de mudanças, imitando um processo de seleção natural se anunciava.

Até então, sugere-se o período de 20 anos entre 1975 e 1995, as necessidades de especialização e profissionalismo empresarial não eram pontos fundamentais e decisivos no sucesso ou fracasso dos laboratórios clínicos, e assim a boa qualidade dos serviços técnico científicos somada a adequada valorização dos serviços prestados, garantiam a demanda de produção, a rentabilidade e assim, o sucesso dos empresários deste segmento.

Neste cenário, Médicos, Farmacêuticos e Biomédicos eram também empresários de sucesso. Mas a cena mudou e nos dias de hoje para não deixar a empresa naufragar, mais do que mudar de direção é preciso saber a hora e o jeito para essa mudança. Essa decisão é bastante delicada e exige acima de tudo o cumprimento à risca de algumas novas estratégias. Seguir na tentativa e erro ou continuar acreditando em milagres econômicos, na maioria das vezes é o caminho mais rápido para a ruína empresarial.

No período atual, ter em seu laboratório uma gestão organizada, planejada e controlada de acordo com as exigências deste mercado altamente competitivo deixou de ser um diferencial e passou a ser situação de seleção entre as empresas que irão permanecer neste cenário. Para as empresas que não se sentem preparadas para essa nova realidade algumas opções podem ser bastante bem vindas neste momento. Entre elas a união de forças ou ainda a preparação de suas empresas para processos de negociação podem ser ótimas opções.

Associações de Classe, Cooperativas e Sindicatos – “Unir para permanecer”.

A alternativa relacionada à adesão a modelos associativos, cooperativas existentes no mercado ou ainda a ação efetiva dos sindicatos em defesa desta classe podem se traduzir em uma solução para algumas adversidades do mercado atual, contudo deve-se destacar que o comprometimento, o engajamento empresarial e a participação ativa e efetiva de todos os envolvidos exercem fundamental importância no sucesso de tais alternativas e tendo assim todas as possibilidades de resultarem em grandes diferenciais a seus associados principalmente através de representatividade em todos os cenários sejam eles, comerciais, políticos, estratégicos e classistas.

Fusões, Incorporações, Aquisições – Uma opção?

Um caminho bastante interessante neste cenário vem de encontro com a onda mundial de incorporações ou aquisições de novas empresas onde grandes laboratórios, subsidiados por importantes investidores percebem neste mercado grande potencial para expansão de seus negócios demonstrando grande interesse na participação e no controle acionário e de gestão de laboratórios bem estruturados no território nacional.

A fusão entre laboratórios de médio e grande porte também se mostra como uma possível resposta às adversidades do mercado atual, e assim inúmeros casos de sucesso são evidenciados por empresários que de olhar atento no futuro começam a se “mexer” para que o mercado não continue “mexendo” definitivamente em seus laboratórios. Assim sendo, tanto processos de compra e venda como situações de parceria em fusões citadas estão sendo realizados com o intuito de se buscar o melhor aproveitamento do capital investido até o momento.

Saber aproveitar as tendências deste mercado e transformar tais ameaças em ótimas oportunidades pode ser o “pulo do gato”, contudo qualquer um dos processos citados exige a preparação da empresa para obtenção de melhores resultados. Nestes casos uma análise de valor, onde é feita a mensuração de seu valor mercantil através de fatores tais como demanda de exames e potencial de crescimento, faturamento, localização, parcerias estratégicas e valor de oportunidade são informações extremamente importantes na decisão do valor global do laboratório para sua comercialização.

O momento atual e futuro se caracterizarão no segmento da saúde como um todo e em especial no segmento de análises clínicas pela busca constante por profissionalismo e especialização na gestão das empresas de forma geral, além de acirrada concorrência e competitividade em todos os sentidos. Permanecer neste campo de batalha sem o devido preparo poderá se tornar uma aventura perigosa e bastante indigesta. As decisões de agora serão o divisor de águas entre vitoriosos e fracassados.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Final de Ano, análise do que passou, previsão do que virá...escrito em 2004, comentado por mim em 2009.

Artigo escrito em Novembro de 2004, publicado na revista Labornews, especializada no mercado de Análises Clínicas.

O mercado de saúde e especialmente o segmento médico laboratorial vem passando nos últimos anos por mudanças significativas em seus diferentes setores, sobretudo no que se refere à administração de cada laboratório como uma empresa e não somente como um laboratório clínico. Ocorrerá agora, neste mercado, uma seleção natural onde somente empresas bem informadas e preparadas serão as vencedoras desta corrida, conquistando assim a permanência neste mercado.

A atual situação, extremamente desfavorável, é representada por fatos tais como valorização constante de insumos e equipamentos, desvalorização constante e progressiva no valor dos serviços prestados, domínio de convênios médicos em imposições comerciais, inversão na proporção entre pacientes particulares e conveniados, entrada de capital externo neste mercado, assim como a política predatória de planos de saúde e laboratórios de apoio, e por incrível que pareça o canibalismo através da falta de ética no setor como um todo.

Outro ponto de grande relevância neste cenário é a saturação do mercado brasileiro em relação ao número de laboratórios em funcionamento. Em dados recentes verificou-se que no mercado americano houve uma drástica queda no número de laboratórios nos últimos 20 anos, hoje existem em funcionamento nos Estados Unidos menos de 1000 laboratórios em exercício, por outro lado no Brasil para uma demanda bem menor de procedimentos existem aproximadamente 12500 laboratórios em atividade. Quantos teremos em cinco anos?

Através de uma análise comparativa entre o mercado nacional e o exterior, nota-se a exigência cada vez maior por exames com extrema qualidade e comodidade, deste modo à busca por melhores serviços e maior praticidade será também uma tendência natural deste mercado assim como o controle rígido de custos, diminuição no tempo de procedimentos e principalmente domínio na utilização de ferramentas de tecnologia de informação e Internet no cotidiano do laboratório atual.

Já entramos em um novo tempo, não é possível sobreviver no novo mercado de Laboratórios Clínicos se não houver um verdadeiro sentido de mudança. A tendência será norteada por um momento de diminuição deste mercado, sobretudo através de fusões, aquisições e encerramento de atividades. A época do empresário rico e da empresa pobre acabou, o momento é de diversificação e de preparação para um novo mercado, a solução pode estar na união da classe através de modelos associativos e também na busca de ferramentas especializadas para gestão de cada laboratório como uma verdadeira empresa.

Miguel Porto Neto – Biomédico
Professor de Gestão Empresarial na Faculdade de Biomedicina em Ribeirão Preto

Essas mudanças aconteceram, os fatos do mercado nos últimos anos provam. Depois de 2004 houveram inúmeras fusões e aquisições, empresas que não tinham foco definido em gestão encerraram suas atividades ou foram compradas por outras...Espero novos comentários...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Qualidade de Vida - MEIO AMBIENTE

Município Verde / Secretaria de Estado do Meio Ambiente - um grande avanço na política estadual de meio ambiente e de descentralização das ações do estado. O avanço de cada município em cada uma das dez diretivas ambientais consolida a melhoria de todo estado na qualidade de vida da população, garantindo um futuro melhor para as novas gerações.

10 DIRETIVAS DO MUNICÍPIO VERDE

A adesão dos municípios paulistas a este Protocolo implica na assunção, pelo poder local, da gestão ambiental compartilhada no território de sua jurisdição, consubstanciada nas seguintes diretivas:

1. ESGOTO TRATADO
Implantar, através de sistema próprio, consorciado ou terceirizado, a coleta e tratamento de esgotos domésticos, eliminando a poluição dos recursos hídricos à sua jusante. Os municípios paulistas deverão ser capazes de realizar a despoluição dos dejetos em 100% até o ano de 2010 ou, na sua impossibilidade financeira, terem contratado obras e serviços ou, ainda, firmado Termo de Compromisso com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, tendo a interveniência da CETESB, para que efetivem o tratamento de esgotos em 100% até o final de 2014. Nos casos de assinatura de Termos de Compromisso, a coleta e tratamento dos esgotos domésticos deverão ser, no mínimo, de 30% até o final de 2010, e de 50% até o final de 2012.

2. LIXO MÍNIMO
Estabelecer política de gestão dos resíduos sólidos, promovendo a coleta seletiva e a reciclagem, eliminando até o final de 2010 qualquer forma de deposição de lixo a céu aberto, promovendo, quando for o caso, a recuperação das áreas degradadas e a remediação das áreas contaminadas. Termos de Compromisso firmados entre os municípios e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, com a interveniência da CETESB, definirão prazos e condições para equacionar as dificuldades logísticas para disposição de resíduos sólidos em aterros sanitários convenientes.

3. RECUPERAÇÃO DE MATA CILIAR
Participar do programa governamental de recuperação de matas ciliares, em conjunto com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, auxiliando na delimitação e demarcação das áreas prioritárias de atuação, particularmente na proteção das principais nascentes, formadoras de mananciais de captação d’água, com apoio dos agricultores locais e segundo critérios e metas estabelecidos pelo Governo.

4. ARBORIZAÇÃO URBANA
Implementar programa de arborização urbana e manutenção de áreas verdes municipais, diversificando a utilização das espécies plantadas, incluindo a manutenção do viveiro municipal, para produção de mudas com características paisagísticas ou a serem destinadas à re-vegetação de áreas degradadas, no perímetro urbano ou rural, preferencialmente de espécies nativas e frutíferas.

5. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Estabelecer programa de educação ambiental para a rede pública de ensino municipal, promovendo também a conscientização da população a respeito da agenda ambiental, incluindo a participação nos mutirões ambientais a serem definidos pela SMA.

6. HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL
Definir programa para a redução de uso de madeira oriunda da Amazônia na construção civil do município, auxiliando a fiscalização do comércio das madeireiras locais, defendendo o uso de madeira sustentável ou oriunda de florestas plantadas. Favorecer a expedição de alvarás das construções civis que incorporem os critérios da sustentabilidade, incluindo a utilização de tecnologias tais como o reuso da água, captação de água das chuvas, sistemas alternativos de energia, e demais critérios de habitação sustentável.

7. USO DA ÁGUA
Implantar um programa municipal contra o desperdício de água, nos estabelecimentos comerciais, nas atividades rurais, nas instalações industriais e nas residências domésticas, apoiando a cobrança do uso da água na bacia hidrográfica onde se situa o município, favorecendo e integrando-se ao trabalho do Comitê da Bacia Hidrográfica naquilo que lhe for pertinente.

8. POLUIÇÃO DO AR
Apoiar o Governo estadual no programa de controle da poluição atmosférica e de gases de efeito-estufa, incluindo as emissões veiculares, particularmente as provenientes das frotas cativas de ônibus do transporte municipal e dos caminhões da frota pública, participando das campanhas contra a fumaça preta, Operação Inverno e demais iniciativas públicas na defesa da qualidade do ar.

9. ESTRUTURA AMBIENTAL
Constituir, preferencialmente por lei, órgão próprio da estrutura executiva municipal responsável pela política de proteção do meio-ambiente e dos recursos naturais, implantando nos municípios com população superior a 100 mil habitantes a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

10. CONSELHO AMBIENTAL
Constituir, por lei, o Conselho Municipal de Meio Ambiente, com funções consultiva e deliberativa, adotando-se os critérios mínimos de representação a serem indicados pela SMA, assegurando-se a plena participação da comunidade científica, da sociedade civil e das organizações não governamentais na agenda ambiental local.